Notícias do mercado imobiliário

Veja a situação do mercado imobiliário de cada Estado brasileiro

Há tempos, tentamos mensurar o mercado forma mais fidedigna, entretanto num País de proporções continentais, as suas variáveis tornam-se imensas. De fato, certas regiões do Brasil ainda sofrem com a crise em suas economias, porém, em outros locais, o setor começa a mostrar recuperação e crescimento. Após muita pesquisa e dedicação, o Resumo Imobiliário lança os Realeses mensais de cada Estado brasileiro.

Abaixo, disponibilizamos o estudo do mercado para os 26 Estados brasileiros e Distrito Federal. Clique para visualizar o Realease completo. Em ordem alfabética.

1 – Realease do Estado do Acre por Resumo Imobiliário – Agosto 2018

2 – Realease do Estado de Alagoas por Resumo Imobiliário – Agosto 2018

3 – Realease do Estado do Amapá por Resumo Imobiliário – Agosto 2018

4 – Realease do Estado do Amazonas por Resumo Imobiliário – Agosto 2018

5 – Realease do Estado da Bahia por Resumo Imobiliário – Agosto 2018

6 – Realease do Estado do Ceará por Resumo Imobiliário – Agosto 2018

7 – Realease do Distrito Federal por Resumo Imobiliário – Agosto 2018

8 – Realease do Estado do Espírito Santo por Resumo Imobiliário – Agosto 2018

9 – Realease do Estado de Goiás por Resumo Imobiliário – Agosto 2018

10 – Realease do Estado do Maranhão por Resumo Imobiliário – Agosto 2018

11 – Realease do Estado de Mato Grosso por Resumo Imobiliário – Agosto 2018

12 – Realease do Estado de Mato Grosso do Sul por Resumo Imobiliário – Agosto 2018

13 – Realease do Estado de Minas Gerais por Resumo Imobiliário – Agosto 2018

14 – Realease do Estado do Pará por Resumo Imobiliário – Agosto 2018

15 – Realease do Estado da Paraíba por Resumo Imobiliário – Agosto 2018

16 – Realease do Estado do Paraná por Resumo Imobiliário – Agosto 2018

17 – Realease do Estado de Pernambuco por Resumo Imobiliário – Agosto 2018

18 – Realease do Estado do Piauí por Resumo Imobiliário – Agosto 2018

19 – Realease do Estado do Rio de Janeiro por Resumo Imobiliário – Agosto 2018

20 – Realease do Estado do Rio Grande do Norte por Resumo Imobiliário – Agosto 2018

21 – Realease do Estado do Rio Grande do Sul por Resumo Imobiliário – Agosto 2018

22 – Realease do Estado de Rondônia por Resumo Imobiliário – Agosto 2018

23 – Realease do Estado de Roraima por Resumo Imobiliário – Agosto 2018

24 – Realease do Estado de Santa Catarina por Resumo Imobiliário – Agosto 2018

25 – Realease do Estado de São Paulo por Resumo Imobiliário – Agosto 2018

26 – Realease do Estado de Sergipe por Resumo Imobiliário – Agosto 2018

27 – Realease do Estado do Tocantins por Resumo Imobiliário – Agosto 2018

A nova ferramenta visa entender o comportamento de cada região do País através das seguintes variáveis:

– Atestar se o mercado imobiliário do Estado encontra-se em crescimento, estagnado ou em queda.

– Estimar o crescimento do mercado imobiliário do Estado para o próximo mês (valor nominal e percentual).

– O valor nominal dos financiamentos imobiliários concedidos no mês.

– A criação do ranking nacional de financiamentos imobiliários concedidos no mês.

– A participação nacional do Estado nos financiamentos imobiliários concedidos durante o mês.

– O financiamento imobiliário per capita no mês (valor nominal x habitantes).

– A criação do ranking nacional de financiamento imobiliário per capita no mês.

– O valor nominal dos financiamentos para construção, material de construção, reforma ou ampliação com recursos do SBPE no mês.

– O valor nominal dos financiamentos para aquisição com recursos do SBPE no mês.

– A quantidade mensal de financiamentos concedidos de imóveis residenciais (pelo SFH) – aquisição e construção, material de construção, reforma ou ampliação.

– A quantidade mensal de financiamentos concedidos de imóveis residenciais (taxa de mercado) – aquisição e construção, material de construção, reforma ou ampliação.

– A quantidade mensal de financiamentos concedidos de imóveis comerciais (taxa de mercado) – aquisição e construção, material de construção, reforma ou ampliação.

– O valor médio dos financiamentos para construção, material de construção, reforma ou ampliação no mês.

– O valor médio dos financiamentos para aquisição imobiliária no mês.

– A média mensal dos valores de financiamentos imobiliários nos últimos 12 meses (valor nominal).

– A média mensal dos valores de financiamentos imobiliários nos últimos 24 meses (valor nominal).

– A média mensal dos valores de financiamentos imobiliários nos últimos 36 meses (valor nominal).

– A evolução na concessão de financiamentos imobiliários do mês corrente, em comparação à média dos últimos 12 meses (em percentual).

– A evolução na concessão de financiamentos imobiliários do mês corrente, em comparação à média dos últimos 24 meses (em percentual).

– A evolução na concessão de financiamentos imobiliários do mês corrente, em comparação à média dos últimos 36 meses (em percentual).

A criação do SFH

O Sistema Financeiro da Habitação (SFH) foi criado em meados da década de 60, pela Lei nº 4.380, de 1964, no âmbito de uma reformulação geral do Sistema Financeiro Nacional. A Mesma Lei instituiu a correção monetária, com o objetivo de abrir o mercado para a colocação de títulos do governo e viabilizar financiamentos de longo prazo.

A correção monetária foi fundamental para o financiamento habitacional, então limitado a pouquíssimas operações realizadas pelas Caixas Econômicas e Institutos de Previdência existentes na época, e às quais somente poucos privilegiados tinham acesso. De um lado, possibilitou a criação de instrumentos de captação de recursos de prazos mais longos e os depósitos em caderneta de poupança e do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS). Por outro lado, viabilizou o crédito imobiliário.

A primeira fase do SFH, que vai de sua criação até a segunda metade dos anos 70, foi o período áureo do Sistema. Os depósitos em caderneta de poupança cresceram, chegando a ocupar o primeiro lugar entre os haveres financeiros não monetários. Os recursos do FGTS também expandiram como resultado do aumento do nível de emprego e da massa salarial do país.

BNH
Surgiram as Sociedades de Crédito Imobiliário e as Associações de Poupança e Empréstimo, formando o Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo – SBPE, integrado por instituições financeiras especializadas na concessão de financiamentos habitacionais, tendo como fontes de recursos os depósitos em caderneta de poupança e repasses dos recursos do FGTS pelo Banco Nacional da Habitação (BNH).

Além de administrar o FGTS, o BNH também era o órgão regulador e fiscalizador do SFH, incluindo as instituições do Subsistema SBPE.

Do lado dos financiamentos habitacionais, foram introduzidos alguns mecanismos para dar, nos primórdios do Sistema, tranqüilidade aos tomadores dos financiamentos habitacionais. Um desses mecanismos foi a criação do Fundo de Compensação de Variações Salariais (FCVS), mediante o qual a obrigação do mutuário, que tivesse pago todas as suas prestações cessava depois de decorrido o prazo contratual do financiamento e o Fundo absorveria eventuais saldos devedores residuais, provocados pelo descompasso entre a periodicidade de aplicação dos índices de correção monetária aos saldos devedores e às prestações e dos índices de reajuste dos saldos devedores e prestações.

Final da década de 70, o início do declínio
Entretanto, ao final dos anos 70, com o advento da segunda crise do petróleo e em seguida o da dívida externa, a inflação disparou no Brasil. As ações judiciais promovidas pelos mutuários se multiplicaram, visando compatibilizar as prestações de casa própria com a evolução do salário dos mutuários. Ambos resultaram em um aumento brutal do descasamento entre os índices de correção dos saldos devedores já concedidos – que seguiam indiretamente os índices de inflação – e o das prestações desses financiamentos – muitos dos quais atrelados à evolução dos salários.

Década de 80, a década perdida
As diversas tentativas do governo de reduzir a inflação através de medidas heterodoxas, como aplicação de tablitas às prestações (no Plano Cruzado) e congelamentos, na segunda metade da década de 80, só agravaram a situação.

As Associações de Poupança e Empréstimo e as Sociedades de Crédito Imobiliário foram gradativamente substituídas, ainda na primeira metade da década de 80, pelos bancos múltiplos na concessão de novos financiamentos. O Banco Nacional de Habitação foi extinto em 1986 e suas atribuições passaram a ser desenvolvidas pelo Banco Central do Brasil, pela Caixa Econômica Federal e pelo Ministério da Fazenda.
Esse período coincidiu com o vencimento de boa parte dos contratos de financiamento habitacional, concedidos com prazos de 15 a 20 anos na fase áurea do SFH e deixaram tanto os bancos como o governo com um enorme rombo – o do FCVS.

Década de 90, o início da mudança
A década de 90 teve início com a retenção pelo Governo da época de boa parte dos recursos da poupança (e de outros ativos financeiros), afetando seriamente o setor de construção civil e de crédito imobiliário. Por outro lado, os depósitos de poupança sofriam uma forte concorrência por parte dos fundos de investimento. O volume dos financiamentos imobiliários diminuiu significativamente. Os financiamentos realizados com recursos dos depósitos do FGTS também registraram uma queda nesse período. Apesar disso, a década de 90 foi muito promissora para o crédito imobiliário como um todo. O governo e as instituições financeiras trabalharam com afinco para resolver a questão da dívida do FCVS para com as instituições financeiras. Os créditos das instituições financeiras vêm sendo novados – ou seja, substituídos por títulos do Tesouro Nacional.

Década de 2000, o boom do mercado imobiliário
Paralelamente, a Abecip e as instituições financeiras analisaram vários modelos de financiamento imobiliário praticados no exterior e apresentaram uma proposta para o Governo, para o Congresso e para o setor da construção civil, para revigorar o crédito imobiliário no Brasil. Surgiu assim o Sistema de Financiamento Imobiliário. Por outro lado, a estabilização da economia brasileira registrada ao longo desta década deu um novo ânimo ao SFH. As taxas de juros aplicadas aos financiamentos caíram durante a década de 2000, e as baixas taxas de inflação permitiram, ainda, às empresas e às famílias a fazer um planejamento de médio e longo prazo e a assumir compromissos de mais longo prazo.

O SBPE (Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo) tornou-se um dos motores do Sistema Financeiro de Habitação (SFH) na década de 2000, que inclui, também, empréstimos com recursos do FGTS e outros programas sociais, que são igualmente regulados pelo Banco Central através da resolução 3932 de 2010. Atualmente, o SBPE é responsável por aproximadamente 75% dos contratos de financiamento imobiliário do Brasil.


Por Luiz Paulo Junior.

30/09/2018 Fonte: Resumo Imobiliário

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